Dizem por ae que gato não toma banho tal qual o fazemos com os nossos cães de estimação ou conosco, eles se lambem para o asseio pessoal., Pois bem! Acreditando nesse paradigma, vivia uma jovem atormentada com o mal cheiro que imperava em sua residencia. Sua gatinha "Mingau", linda, charmosa, porém muito fedida. Mingau já não se apresentava mais com o vigor da juventude e obesa, já não mais fazia seu asseio de forma adequada. Seu pelo havia perdido o brilho, caspas atacavam-lhe o couro por baixo da pelagem vasta e oleosa, enfim , Mingau tinha que tomar um bom banho. Mas como seria isso, pensava a jovem desalentada, todas as vezes que havia tentado banhar a gata, Mingau lhe arranhava, esperniava, era um caos completo que por fim a fazia desistir. Agora porém chegava a um limite, era o fundo de poço, algo precisava ser feito. Encontrando determinação sabe-se lá onde, a jovem corajosamente, porém com uma delicadeza que so quem ama de verdade é capaz de ter, colocou Mingau no colo, e conversando bem baixinho no ouvidinho da gata, foi se dirigindo ao lugar já estabelecido para o banho. Seria no quintal, no tanque, havia espaço e conforto suficiente para o banho programado. Ao final, a determinação , aliada ao amor que a jovem tinha pela gatinha Mingau, foram determinantes na execução da tarefa, a qual parecia ser árdua mas não o foi, o banho transcorreu naturalmente e Mingau pareceu apreciar muito.
Mingau estava linda, pelo vistoso e notóriamente agradecida, e obviamente perfumada, pois o shampoo comprado com todo o carinho era realmente espetacular, muito cheiroso.
Inicialmente parecia absurdo contráriar a natureza felina de Mingau, seria até um ato de maldade forçar o banho tão problematico, tudo conspirava para que a situação continuasse da mesma forma desagradável. Nossa jovem porém teve a coragem e determinação para contrariar o que lhe parecia uma lei incontestável.
È... e dizem por ae que pau que nasce torto acaba torto...
Alberto
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