COMUNIDADE
TERAPÊUTICA CAMPOS DA PAZ_ (CTPAZ) _ Tratamento da dependencia química -
( alcool, drogas) ) e outras compulsões (sexo, jogo, compras, comida
etc).
Para você que está sofrendo e procura um tratamento
especializado e individualizado; ou que é familiar buscando a
recuperação de seu ente querido, PROCURE-NOS.
Estamos localizados no Rio de Janeiro, cidade de Maricá, Tel - (21)-2648-1248.
A comunidade é um modelo inovador para o tratamento das dependências, dirigido pelo psiquiatra Mauro Campos da Paz.
Nosso telefone para maiores esclarecimentos (21)- 26481248 (INTERNAÇÃO)
''NÃO DEIXE ESTA DOENÇA ARRUINAR SUA VIDA"
TRATAMENTO AMBULATORIAL : Núcleo Integrado (Avenida das Américas 3200/sala 111 Barra da Tijuca
tels:21 35536442/ 78605028
Um espaço aberto aos que buscam evoluir, ou simplesmente expor seus pensamentos sobre o assunto em questão.
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
Medicação - Tratamento, Contenção ou Redução de Danos?
Longe de mim entrar em conflito com a classe médica, a qual respeito , ao menos alguns profissionais sérios.
Infelismente, prostituidos por sua grande cafetina , a industria farmaceutica, muitos médicos se limitam a ministrar doses de certas medicações aos dependentes químicos, que de absolutamente nada servem, além de substituir as drogas ilícitas usadas pelos mesmo. Esse caso leviano da classe médica é antigo, e de nada vale estimular tal debate, pois em sua burra soberania, tais médicos prostituidos jamais admitirão a grande farsa e ninguém ousará combate-los abertamente.
Aos familiares e dependentes químicos deixo a sugestão para que questionem a serventia das medicações prescritas que consomem.
Um fato que não me entra na cabeça é o chamado S.O.S orientado aos dependnetes químicos. Acompanhem meu raciocínio: Um dependente químico, o é, justamente por não ter controle algum sobre o uso de substancias químicas alteradoras de humor. Imagine então dizer a um dependente químico que de agora em diante, para se tratar, ele deverá por exemplo usar tres rapas de cocaina antes do almoço e a noitinha, antes de deitar ele devera fumar apenas um baseado.( quando achar necessário é claro). Pois bem, essa é a mesma receita do tal S.O.S, imaginem a ingenuidade de médico que acredita mesmo que um dependente químico usará o tal do Rivotril apenas se achar necessário numa emergencia..risos mil.... O camarada vai é tomar a caixa inteira em menos de uma hora e ficar doidão e com o aval do "ingenuo doutor" alegará que usou porque precisava. Logico que precisará para sempre, o cara é um dependente químico, compulsivo, e o fato agora , é que ele trocou de traficante, seu vapor agora tem jaleco branco e CRM.
Infelismente, prostituidos por sua grande cafetina , a industria farmaceutica, muitos médicos se limitam a ministrar doses de certas medicações aos dependentes químicos, que de absolutamente nada servem, além de substituir as drogas ilícitas usadas pelos mesmo. Esse caso leviano da classe médica é antigo, e de nada vale estimular tal debate, pois em sua burra soberania, tais médicos prostituidos jamais admitirão a grande farsa e ninguém ousará combate-los abertamente.
Aos familiares e dependentes químicos deixo a sugestão para que questionem a serventia das medicações prescritas que consomem.
Um fato que não me entra na cabeça é o chamado S.O.S orientado aos dependnetes químicos. Acompanhem meu raciocínio: Um dependente químico, o é, justamente por não ter controle algum sobre o uso de substancias químicas alteradoras de humor. Imagine então dizer a um dependente químico que de agora em diante, para se tratar, ele deverá por exemplo usar tres rapas de cocaina antes do almoço e a noitinha, antes de deitar ele devera fumar apenas um baseado.( quando achar necessário é claro). Pois bem, essa é a mesma receita do tal S.O.S, imaginem a ingenuidade de médico que acredita mesmo que um dependente químico usará o tal do Rivotril apenas se achar necessário numa emergencia..risos mil.... O camarada vai é tomar a caixa inteira em menos de uma hora e ficar doidão e com o aval do "ingenuo doutor" alegará que usou porque precisava. Logico que precisará para sempre, o cara é um dependente químico, compulsivo, e o fato agora , é que ele trocou de traficante, seu vapor agora tem jaleco branco e CRM.
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
Olhos na Madrugada...Tormentos Reais Parte 06
Dividido entre visitas periódicas de sua mãe, a qual o levava aos finais de semana para ficar em sua casa, JP viveu episódios em sua infancia que ficaram registrados em sua mente. Desagradáveis e inadequados para uma criança de sua idade. JP contava cinco primaveras, deveria ser essa a idade, pois o fato ocorreu na época da repressão. JP dormia em casa de sua mãe, e pela madrugada foi acordado com gritos horripilantes de um homem sendo espancado pela policia na calçada bem debaixo da janela de sua casa. Não bastassem os gritos que amedrontaram a criança de cinco anos de idade,JP encolhido na cama, quietinho , foi surpreendido por uma cena que não mais saiu de sua cabeça. Sua mãe, no momento extato que começou a gritaria, saiu correndo , nua, do banheiro, acompanhada de um homem, também nú e foram para a janela olhar o que acontecia. As genitálias a mostra, passaram rente aos seus olhos que se esforçavam em manterem-se fechados para que os adultos não percebessem que ele havia acordado. Fingir que estava dormindo, alias, era uma constante sempre que estava na casa de sua mãe, pois ele sempre acordava no meio da madrugada com barulhos, gemidos, ou discussões de sua mãe com "alguém". As vezes que JP não se conteve e mostrou estar acordado, levava uma bronca de sua mãe que o fazia entender que acordar na madrugada era proibido. Adultos, sabemos bem o que ocorria e o que o jovenzinho estava atrapalhando ao acordar no meio da madrugada. Obvio que na mente de JP ficava apenas a ideia que era proibido acordar e que se daria muito mal se sua mãe percebesse que ele havia acordado. JP porém acordava todas as noites e assistia a tudo caladinho, sem entender o porque de sua mãezinha querida estar gemendo de dor debaixo de um homem desconhecido para ele. Alguns desses homens alias ele tinha que chamar pai. Pai fulano, pai cicrano...
Enfim, episódios como esses eram constantes e não vale a pena aqui me alongar em detalhar-los, foram muitos. O local onde sua mãe morava tinha um cheiro ruim, o bairro , até hoje, já adulto quando tem que passar por lá, lhe causa um medo inconciente o qual lhe traz uma desagradável sensação. No íntimo JP sabe o motivo de tal desconforto, mas racionaliza e deixa passar. Isso tudo era combinado com outra questão que vale a pena aqui comentar. JP não podia em hipótese alguma comentar isso quando em casa de seus avós, pois os mesmos certamente iriam interpelar sua mãe, a qual no final de semana seguinte estaria lá para leva-lo de volta. Ele temia ser agredido pela mãe e ficava calado. As surras eram também traumatizantes , a fisionomia de sua mãe era algo de assustador quando o espancava por faltas comuns de uma criança de quatro ou cinco anos de idade. Ignorando o mal que fazia ao menino, ela também não se conformava quando JP não queria ver os filmes de terror que ela adorava assistir na televisão. Uma noite dessas, JP cobria a cabeça com um lençol para não ver as cenas amedrontadoras e ela retirava o lençol do menino a força e zombando dele dizia que seus avós o estavam transformando em um maricas. Pela manhâ, talvez devido a noite terrivel, JP defecou no short e sujou o chão do apartamento. Levou uma surra por isso. Bastante significativo o fato de JP estar sempre as voltas com o "defecar nas calças". Isso sempre lhe causava grandes transtornos e constrangimentos durante toda sua infancia. Nada nem ninguém poderia socorrer nosso jovem amiguinho, pois ninguém tinha essa vizão da vida que o menino levava, ao contrário, todos achavam JP um aventurado por ter de tudo na casa de seus avós. Ninguém sabia a verdade do que se passava na mente daquela criança atormentada pelo terror. Penso que seus pesadelos nada mais eram que o reflexo daquilo que ele sentia todo o tempo quando acordado em compania dos adultos que o rodeavam.
Na casa de seus avós ,apesar do conforto, JP não podia desobedecer ou fazer qualquer bagunça típica de uma criança de 4 aninhos, pois era imediatamente ameaçado com a fala:_ Se voce continuar vou te mandar pra casa de sua mãe....." Dessa forma então parece que eles sabiam que ir pra casa da mãe era um castigo, mas nunca fizeram nada para impedir ou amenizar a dor do menino.
sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
Reabilitação e Motivação
A reabilitação de um dependente químico dependerá muito da sua própria motivação. Fato é que nenhum dependente químico irá começar um processo de reabilitação ou sequer pensar no assunto enquanto não tiver um bom motivo para tal. Infelismente ainda não conheci em 20 anos de trajetótia um dependente químico que entrasse em recuperação buscando melhorar sua qualidade de vida mesmo se sentindo muito bem com a vida que levava. Ao contrário porém, somente quando o cidadão(ã) reconhece o estrago que fez com a propria vida, é que o mesmo busca socorro. Dizemos então que de regra geral, um dependente químico somente entra em recuperação motivado por algo ruim que esta acontecendo em sua vida ou está bem próximo de acontecer.
Acostumou-se chamar tal momento de fundo de poço. Não se iludam os leitores pensando ser o fundo de poço a imagem do mendigo deitado debaixo de uma ponte. Muitos moradores de rua sequer usam drogas e muitos dependentes químicos em estado avançado da doença ainda habitam suas coberturas de luxo. O quer seria de fato então esse "fundo de poço"? Poderiamos dizer que : 1- Uma dor intima, pessoal, a qual jamais deverá ser comparada com essa ou aquela dor de outrem. 2- Uma dor que poderá ser provocada extratégicamente sob orientação especializada(intervenção) 3- Uma dor que inevitavelmente acontecerá diante o fato inquestionavel de ser a dependencia quimica uma doença"progressiva".
Uma dor que por mais que lhe pareça(ao leitor) suficiente para deixar qualquer ser humano desesperado, ao dependente químico por vezes não será sequer percebida. Dessa forma então não existe garantia plena de se atingir um objetivo no intuito de levar o doente ao tratamento.
Felismente, as estatistíscas nos mostram que um trabalho bem orientado de intervenção geralmente é eficaz, os indivíduos alvos acabam por ceder e se submeterem a um tratamento adequado sem que seja necessário as horripilantes internações a revelia. Para aqueles poucos que nao aceitarem o tratamento mesmo diante de tal intervenção, fica então o consolo de conseguir-mos otimos resultados com seus familiares, pois os mesmos estarão orientados e amenizam vizivelmente a dor de ver seus entes queridos se afundando a cada dia, pouco a pouco, progressivamente.
Válido dizer aqui, que o trabalho de intervenção garante apenas o encaminhamento digamos "suave" do dependente químico ao início de um processo de reabilitação e em hipótese alguma garante a reablitação contínua do mesmo. Continuar em recuperação já esta incluido em outra fase do trabalho.
Nesta nova fase, também deveria ser trabalhada uma nova fonte de motivação no indivíduo, pois tal qual seus familiares, por vezes ele acredita que o fato de ter ser internado ou ter aceitado um tratamento que seja ambulatorial por um período de tempo já seria suficiente. leigo engano, pois a dependencia química é doença incuravel (O.M.S - Organização Mundial de Saúde) . Faço uma pausa para alertar aos religiosos que venham a ler essas linhas e lembro que mesmo a adultera descrita em narrativas biblicas , foi alertada ao final que deveria seguir adiante, mas que não "pecasse" mais. Da mesma forma é dito aos adictos(dependentes quimicos) em recuperação, _Não usem mais....
Temos então um fato constatado, o qual nos mostra claramente a necessidade de manutenção constante durante todo o processo contínuo de reabilitação. Uma vez iniciado, não se para mais sob pena de ter de volta toda a sorte de miséria que um dia deixaram para tras. Os grupos de mútua ajuda estarão a disposição gratuitamente para tal matunenção contínua.
O que a princípio pode parecer uma condenação enfadonha, na verdade é um convite a eterna evolução do ser. Pergunto então a todos que por ventura estarão lendo essas linhas: _Seria sensato alguém rejeitar um convite para se tornar um ser humano melhor a cada dia? Pensem nisso e tomem suas decisões.
Alberto.
Acostumou-se chamar tal momento de fundo de poço. Não se iludam os leitores pensando ser o fundo de poço a imagem do mendigo deitado debaixo de uma ponte. Muitos moradores de rua sequer usam drogas e muitos dependentes químicos em estado avançado da doença ainda habitam suas coberturas de luxo. O quer seria de fato então esse "fundo de poço"? Poderiamos dizer que : 1- Uma dor intima, pessoal, a qual jamais deverá ser comparada com essa ou aquela dor de outrem. 2- Uma dor que poderá ser provocada extratégicamente sob orientação especializada(intervenção) 3- Uma dor que inevitavelmente acontecerá diante o fato inquestionavel de ser a dependencia quimica uma doença"progressiva".
Uma dor que por mais que lhe pareça(ao leitor) suficiente para deixar qualquer ser humano desesperado, ao dependente químico por vezes não será sequer percebida. Dessa forma então não existe garantia plena de se atingir um objetivo no intuito de levar o doente ao tratamento.
Felismente, as estatistíscas nos mostram que um trabalho bem orientado de intervenção geralmente é eficaz, os indivíduos alvos acabam por ceder e se submeterem a um tratamento adequado sem que seja necessário as horripilantes internações a revelia. Para aqueles poucos que nao aceitarem o tratamento mesmo diante de tal intervenção, fica então o consolo de conseguir-mos otimos resultados com seus familiares, pois os mesmos estarão orientados e amenizam vizivelmente a dor de ver seus entes queridos se afundando a cada dia, pouco a pouco, progressivamente.
Válido dizer aqui, que o trabalho de intervenção garante apenas o encaminhamento digamos "suave" do dependente químico ao início de um processo de reabilitação e em hipótese alguma garante a reablitação contínua do mesmo. Continuar em recuperação já esta incluido em outra fase do trabalho.
Nesta nova fase, também deveria ser trabalhada uma nova fonte de motivação no indivíduo, pois tal qual seus familiares, por vezes ele acredita que o fato de ter ser internado ou ter aceitado um tratamento que seja ambulatorial por um período de tempo já seria suficiente. leigo engano, pois a dependencia química é doença incuravel (O.M.S - Organização Mundial de Saúde) . Faço uma pausa para alertar aos religiosos que venham a ler essas linhas e lembro que mesmo a adultera descrita em narrativas biblicas , foi alertada ao final que deveria seguir adiante, mas que não "pecasse" mais. Da mesma forma é dito aos adictos(dependentes quimicos) em recuperação, _Não usem mais....
Temos então um fato constatado, o qual nos mostra claramente a necessidade de manutenção constante durante todo o processo contínuo de reabilitação. Uma vez iniciado, não se para mais sob pena de ter de volta toda a sorte de miséria que um dia deixaram para tras. Os grupos de mútua ajuda estarão a disposição gratuitamente para tal matunenção contínua.
O que a princípio pode parecer uma condenação enfadonha, na verdade é um convite a eterna evolução do ser. Pergunto então a todos que por ventura estarão lendo essas linhas: _Seria sensato alguém rejeitar um convite para se tornar um ser humano melhor a cada dia? Pensem nisso e tomem suas decisões.
Alberto.
domingo, 9 de janeiro de 2011
Olhos na Madrugada...JP E O SONO Parte 05
Dormir só era prazeiroso até a ultima nota musical ouvida através dos lábios de Cacaia. Pesadelos horriveis povoavam a mente de do menino JP. Monstros dos mais diversos, quedas de lugares altíssimos( geralmente era sempre assim que JP era acordado, durante uma dessas quedas em sonho) se ver perdido em lugar desconhecido, enfim, tudo o que a mente de uma criança poderia fabricar de mais horripilante se passava nas madrugadas dentro da mente adormecida de JP. Com o tempo, dormir significava se entregar ao terror.
Houve porém uma exceção, foi quando nessa mesma época, JP contava com quase dez anos de idade, sonhou com uma menininha, a qual ele so via de costas e resaltava os cabelos cacheados daquela que ficou conhecida por toda a sua vida como "Loirinha". Esse sonho foi mais impressionate para JP porque durou exatamente uma semana. Sim, durante uma semana seguida sem falhar ele "brincou" com Loirinha de pique esconde. A coisa foi tão real para JP que ele chegou a fugir de casa uma vez e foi até o lugar que via em seus sonhos em busca da tal menina. Havia uma certeza quase que absoluta na mente dele que ela existia de verdade e era fundamental que ele a encontrasse. Essa busca continuou ate a vida adulta de JP.... Mas isso veremos mais adiante.
Houve porém uma exceção, foi quando nessa mesma época, JP contava com quase dez anos de idade, sonhou com uma menininha, a qual ele so via de costas e resaltava os cabelos cacheados daquela que ficou conhecida por toda a sua vida como "Loirinha". Esse sonho foi mais impressionate para JP porque durou exatamente uma semana. Sim, durante uma semana seguida sem falhar ele "brincou" com Loirinha de pique esconde. A coisa foi tão real para JP que ele chegou a fugir de casa uma vez e foi até o lugar que via em seus sonhos em busca da tal menina. Havia uma certeza quase que absoluta na mente dele que ela existia de verdade e era fundamental que ele a encontrasse. Essa busca continuou ate a vida adulta de JP.... Mas isso veremos mais adiante.
Olhos na Madrugada...JP Em Casa Parte 04
JP conheceu o significado da palavra carinho através dos desvelos de sua saudosa mãe preta. Ela sim cuidava, observava, mas por não se sentir com autonomia suficiente, limitava-se a observar tudo e cuidar a seu modo para que JP fosse o mais feliz possivel. Era ela que a noite, sentava-se junto a cama de Jp e contava-lhe historias ou cantava- lhe musicas de ninar, JP adorava e a medida que ela cantava ele ia fazendo na tela mental a história relativa a música que ouvia. _"Teresinha de Jesus, deu a queda e foi ao chão........." Em sua tela mental JP se via com um dos tres cavalheiros o qual a Tereza deu a mão. JP fazia assim com todas as musicas que ela cantava. Era como um vicio do qual ele não conseguia mais se esgueirar pois sentia uma necessidade enorme de dormir somente após fazer seu teatrinho mental. Esse hábito jamais percebido por ninguém o acompanhou por toda a sua vida. Havia também o cafuné, ah, que delicia era o cafune. JP deitava no sofá da sala vendo televisão e "Cacaia", era assim chamada a sua mãe preta, ficava ali horas a fio (talvez minutos, mas que pareciam intermináveis) fazendo cafuné em sua cabecinha. Quando os olhinho de JP iam se fechando era a hora de se encaminhar para o quarto, ouvir uma cantiga de ninar e finalmente dormir.
Olhos na Madrugada...JP Na Escola Primária Parte 03
Época turbulenta para nosso amiguinho JP. Havia uma enorme cobrança por parte da familia. Agora entram em cena, suas 2 tias(irmãs de seu pai), seus respectivos filhos( cada uma tinha um, os dois bem mais velhos que JP) e a saudosa mãe preta. Os dois primos eram o exemplo a seguir segundo imposição dos avós e tias, portan to não havia espaço para notas baixas. Não houve problemas quanto a isso, pois JP era ótimo. Suas notas eram sempre irrepreensíveis.Seu problema, não notado por nenhum adulto da época, era com o relacionamento interpessoal. Jp vivia invejando os colegas mais ricos da escola e apaixonado pelas meninas mais bonitas sem nunca ter coragem de se aproximar delas. No seu modo de ver a coisa, JP avaliava quase todos os outros colegas de escola como distantes de dele. Obviamente isso o colocava numa condição de isolamento dentro de sua mente. Só se sentia parte quando estava com os meninos da rua onde morava e mesmo ali haviam problemas para se relacionar. Ele era o único da turminha que não tinha seus pai e mãe por perto. A palavra "bastardo" lhe foi dirigida pelo pai de um menino após uma das brigas na rua e ao saber o significado de tal palavra JP se reservou ao direito de calar apenas. Mas a palavra e seu significado retumbavam volta e meia em sua cabecinha pré adolescente.
Voltando a escola, ali ocorreram espisódios significativos, tal qual o dia em que JP se fingiu de cego, imitando a personagem de uma novela que passava na época. O outros meninos da sua turma avisaram correndo a professora a qual o interpelou na frente de toda a turma. Sem saida e constrangido, JP disse que preferia que seus avós não soubessem da "doença" que ele era portador para não preocupar os velhinhos. Diante de tal atitude nobre por parte de um menino de seus 8 anos, a professora foi toda elogios para com nosso amigo.
JP sentiu-se aliviado, e aquele episódio passou desapercebido e foi esquecido no tempo.
Voltando a escola, ali ocorreram espisódios significativos, tal qual o dia em que JP se fingiu de cego, imitando a personagem de uma novela que passava na época. O outros meninos da sua turma avisaram correndo a professora a qual o interpelou na frente de toda a turma. Sem saida e constrangido, JP disse que preferia que seus avós não soubessem da "doença" que ele era portador para não preocupar os velhinhos. Diante de tal atitude nobre por parte de um menino de seus 8 anos, a professora foi toda elogios para com nosso amigo.
JP sentiu-se aliviado, e aquele episódio passou desapercebido e foi esquecido no tempo.
Olhos na Madrugada...JP Na Infância Parte 02
JP era um menino aparentemente normal , um pouco preso pelos avós, mimado até. Sua primeira escolinha foi aos cinco aninhos. Até os sete JP se via trancado dentro de casa, pois seus avós não o deixavam brincar na rua com os outros meninos de sua idade os quais viviam alegremente correndo nos piques esconde da vida durante o dia até a noitinha onde se recolhiam para seus lares. Rotina essa que JP assistia da janela, triste por não poder estar ali, porém submisso encontrava uma forma de se distrair com seus bonequinhos dentro de casa.
Foi uma alegria inesquecivel quando sua avó permitiu que ele fosse na rua brincar, mesmo que por meia hora apenas e sob os olhos atentos de uma babá. Jp foi soltar pipa com a ajuda de um jovem mais velho, escolhido por seus avós para tomar conta junto a babá. Que dia maravilhoso áquele! JP jamais esqueceria aquele momento.
O tempo foi passando e JP já conseguia burlar o controle de seus avós ficando cada dia mais solto na rua a brincar com a molecada. Era pique bandeira, pique esconte, policia e ladrão, carniçã, futebol e obviamente haviam os dias das brigas. Disputas por liderança entre os garotos daquela idade são normais. Brigavam, se socavam, mas logo estavam nos piques novamente. Havia um detalhe que vale a pena tocar aqui. Nessas brigas, JP raramente se dava bem. Comum era apanhar de garotos ate fisicamente menores que ele. Normalmente entrava em casa chorando após apanhar na rua, levava uma bronca da avó por ter brigado ( ela nunca se importou pelo fato do menino ter acabado de apanhar mais uma vez) e se encaminhava direto para o banheiro para se lavar. Dentro da banheira(havia isso nas casas da época) JP entrava e ficava ali, dentro d'agua corroendo todo o ódio pelo adversário do dia que acabara de dar-lhe uma surra. Sentia muita vergonha por apanhar daquele jeito, e sempre. Ficava com ódio porque sabia que havia sido eleito o saco de pancadas e como tal, apanhava sem motivo algum, somente por ser o frouxo da garotada. Mas isso passava logo. Jp voltava pra rua e brincava como todo o moleque gostava de fazer na época. Muita correria, espírito de aventura, enfim, algo que os videos games e computadores hoje em dia deixaram para trás.
Na escola dos sete aos dez anos JP entrou em contato com outra realidade.....
Foi uma alegria inesquecivel quando sua avó permitiu que ele fosse na rua brincar, mesmo que por meia hora apenas e sob os olhos atentos de uma babá. Jp foi soltar pipa com a ajuda de um jovem mais velho, escolhido por seus avós para tomar conta junto a babá. Que dia maravilhoso áquele! JP jamais esqueceria aquele momento.
O tempo foi passando e JP já conseguia burlar o controle de seus avós ficando cada dia mais solto na rua a brincar com a molecada. Era pique bandeira, pique esconte, policia e ladrão, carniçã, futebol e obviamente haviam os dias das brigas. Disputas por liderança entre os garotos daquela idade são normais. Brigavam, se socavam, mas logo estavam nos piques novamente. Havia um detalhe que vale a pena tocar aqui. Nessas brigas, JP raramente se dava bem. Comum era apanhar de garotos ate fisicamente menores que ele. Normalmente entrava em casa chorando após apanhar na rua, levava uma bronca da avó por ter brigado ( ela nunca se importou pelo fato do menino ter acabado de apanhar mais uma vez) e se encaminhava direto para o banheiro para se lavar. Dentro da banheira(havia isso nas casas da época) JP entrava e ficava ali, dentro d'agua corroendo todo o ódio pelo adversário do dia que acabara de dar-lhe uma surra. Sentia muita vergonha por apanhar daquele jeito, e sempre. Ficava com ódio porque sabia que havia sido eleito o saco de pancadas e como tal, apanhava sem motivo algum, somente por ser o frouxo da garotada. Mas isso passava logo. Jp voltava pra rua e brincava como todo o moleque gostava de fazer na época. Muita correria, espírito de aventura, enfim, algo que os videos games e computadores hoje em dia deixaram para trás.
Na escola dos sete aos dez anos JP entrou em contato com outra realidade.....
Olhos na Madrugada...O Começo de Tudo... Parte 01
Carnaval de 1965, um casal de encanta mutuamente, e na intimidade fazem promessas e planejam um lindo futuro. O clima era de euforia certamente. Ele oriundo de uma familia tradicional de classe média, (na época existia classe média) vivia em relativo conforto. Ela, de certa forma una mulher entre tres irmãos vivia sob o teto de seus austeros pais. Apesar das desconfianças intuitivas por parte da mãe daquela jovem, não teve maneira de se fazer o fim daquela relação. Veio então, logo a seguir do primeiro encontro, a gravidez. Uma tempestade havia de desabar sobre os ombros daquela jovem de 19 anos, pois seu pai notoriamente não estava nem um pouco satisfeito com aquilo. Da pra imaginar, o que aconteceria na vida de uma jovem com apenas 19 anos, naquela época, que viesse a engravidar naquelas condições, digo, engravidar de um homem que acabara de conhecer num final de baile de carnaval. Homem esse que não deixava claro sua origem e a vida que realmente levava. A pressão social da época e talvez porque realmente existisse alguma atração entre os dois, fez com que ambos enfrentassem a situação e formassem uma familia. Pouco mais de um ano veio outro filho, sim, agora eram dois.
Dois meninos e justamente nesse momento, a bomba estoura. O homem , o pai dos dois garotos era casado e já tinha uma filha que a esta altura ja contava 10 primaveras. Sozinha então, abandonada a sorte e apenas contando com seu próprio desempenho, a jovem mãe de dois filhos , um recem nascido e o outro chegando perto dos dois aninhos, se viu tendo que providenciar o sustento dos garotos. Pegou o mais velho e de forma quase ardilosa conseguiu coloca-lo no seio da familia daquele que deveria assumir a função de pai dos meninos enquanto que se virava para manter perto de si o mais novinho, contanto com o apoio de algumas amigas as quais se prestavam a ficar com o bebe enquanto ela saia para trabalhar em casas noturnas, restaurantes, hospitais, enfim , ela trabalhava onde havia chance. Jamais escolheu porque sabia que, sem o estudo adequado suas chances eram pequenas e lhe cabia somente então os empregos delegados a classe operária. Manteve-se honrada, mesmo que a sociedade a discriminasse pelas vezes que tinha que trabalhar em boates por exemplo.
E assim deu-se o inicio da trajetória de um homem. Nos foquemos aqui mais no menino que foi para a casa dos avós.
Teoricamente, nosso amiguinho, o qual chamaremos de JP, levaria uma vida bem mais tranquila e segura sob a guarda dos avós paternos, pois os mesmos tinham condições de prover JP de tudo o que ele necessitasse para crescer saudável, instruido e bem relacionado socialmente, enquanto que o mesmo não se esperava do irmão mais novo, o qual vivia como um barco a deriva indo de um ponto ao outro de acordo com as andanças de sua mãe em busca de trabalho.
Dois meninos e justamente nesse momento, a bomba estoura. O homem , o pai dos dois garotos era casado e já tinha uma filha que a esta altura ja contava 10 primaveras. Sozinha então, abandonada a sorte e apenas contando com seu próprio desempenho, a jovem mãe de dois filhos , um recem nascido e o outro chegando perto dos dois aninhos, se viu tendo que providenciar o sustento dos garotos. Pegou o mais velho e de forma quase ardilosa conseguiu coloca-lo no seio da familia daquele que deveria assumir a função de pai dos meninos enquanto que se virava para manter perto de si o mais novinho, contanto com o apoio de algumas amigas as quais se prestavam a ficar com o bebe enquanto ela saia para trabalhar em casas noturnas, restaurantes, hospitais, enfim , ela trabalhava onde havia chance. Jamais escolheu porque sabia que, sem o estudo adequado suas chances eram pequenas e lhe cabia somente então os empregos delegados a classe operária. Manteve-se honrada, mesmo que a sociedade a discriminasse pelas vezes que tinha que trabalhar em boates por exemplo.
E assim deu-se o inicio da trajetória de um homem. Nos foquemos aqui mais no menino que foi para a casa dos avós.
Teoricamente, nosso amiguinho, o qual chamaremos de JP, levaria uma vida bem mais tranquila e segura sob a guarda dos avós paternos, pois os mesmos tinham condições de prover JP de tudo o que ele necessitasse para crescer saudável, instruido e bem relacionado socialmente, enquanto que o mesmo não se esperava do irmão mais novo, o qual vivia como um barco a deriva indo de um ponto ao outro de acordo com as andanças de sua mãe em busca de trabalho.
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
Olhos Na Madrugada 03
...Noite comum , mesma rotina...Arrumar uns trocados, saber onde está "a boa" e ficar doidão...Depois, arrumar mais dinheiro, voltar no ponto de venda e continuar doidão....Depois mais dinheiro, e talvez ja não seja tão simples arrumar esse dinheiro, vou aprontar alguma coisa, sei lá, um furto, um golpe em alguém distraído, e vou me drogar mais....Tudo agendado, tudo sob controle.
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
Seja Feita a Vossa Vontade....
Palavras de conteúdo fragilmente interpretado. Por anos venho ouvindo isso. mas genuinamente deixar que um Poder Superior aja em minha vida...Não me falta desejo, admiração e inclusive o raciocínio lógico não me deixa mais duvidar da existencia de Deus. Porque então me sinto ainda tão descrente? Porque tanto medo diante da vida se sei que Ele existe e toma conta de mim? Penso naqueles que realmente tem fé, se entregam de verdade, esses não deveriam mais temer a nada, pois a certeza de serem guardados por Deus não abre espaço para medos. Será que é ai que eu erro? Será que mesmo os que que tem fé genuina sentem medo? Melhor seria perguntar: Quem tem fé e cre plenamente em Deus pode sentir medo? Honestamente não sei a resposta. Sei que "acho" ser, a fé plena, antídoto para o medo. Alguém extremamente querido ao coração acabou de me falar: ..._Fé do tamanho de um grão de mostarda..." Penso que minha fé seja maior que isso, mas ao ver os resultados em meu íntimo vejo outra realidade, bem oposta. Seria minha fé então menor ainda que um grão de mostarda?
A mesma pessoa querida também me disse:" _...Você é extremamente exigente com voce mesmo.."
Do fundo de minha alma, eu digo que na maior parte do tempo eu me sinto extremamente relapso comigo.
Bem... Ao final de tudo eu penso que somente Deus para dar conta desse monte de dúvidas e más interpretações intimas. Dessa forma, mesmo sem essa fé toda, eu digo: _Seja feita a Sua vontade...
A mesma pessoa querida também me disse:" _...Você é extremamente exigente com voce mesmo.."
Do fundo de minha alma, eu digo que na maior parte do tempo eu me sinto extremamente relapso comigo.
Bem... Ao final de tudo eu penso que somente Deus para dar conta desse monte de dúvidas e más interpretações intimas. Dessa forma, mesmo sem essa fé toda, eu digo: _Seja feita a Sua vontade...
segunda-feira, 3 de janeiro de 2011
Olhos Na Madrugada 02
....Nunca mais , juro que nunca mais apronto uma dessas. Hoje é sexta -feira, a galera deve estar toda se aprontando pra noitada, e eu, aqui, todo engessado, trancado nesse quarto de hospital.../_Enfermeira, enfermeira!!! Ai! , To cheio de dor, voce não teria alguma coisa ae bem forte pra essa dor, por favor ta demais...../ Esse remedinho até que da um barato.../ Três horas da matina e só tenho essa janela pra olhar, tudo por causa daquela chuva desgraçada.../ Esse remedio me deixou meio devagar, to quase apagando.../A enfermeira deixou um aqui de SOS caso eu necessite, acho que se eu tomar agora não tem problema algum.../ Ninguém veio ficar comigo, depois reclamam que não paro em casa...Quando eu mais preciso ninguém aparece...//_Enfermeira, enfermeira....Quero ir embora, me deixa sair daqui, eu to legal, da pra pegar um onibus na boa. Não, não vou cair na rua, é só um gesso, me empresta uma muleta que vou na boa.//Avisar a familia pra que?Eles nem se preocupam, voce não percebeu que ninguém veio me visitar? Não tenho ninguém, me deixa sair../ Que é isso que ta botando ae no soro? Hum! Essa é da boa...To cançado... Depois quero o nome disso ae que voce colocou no soro... Tudo escuro, silêncio.....
Alberto
Alberto
Orgulho é boa madeira......
Dito é, que orgulho é uma boa madeira para se fazer caixão de defunto. A frase se aplica admiravelmente bem ainda mais quando o assunto em questão são os dependentes químicos (adictos). O nível de seu orgulho fica evidente quando em processo de reabilitação. Digo isso por acreditar que qualquer avaliação do adicto em pleno uso de substância (ou na forma ativa da doença) não seria eficaz, pois transtornado pelo uso, apresenta-se comportamentalmente disfuncional, dessa forma então, não seria o momento ideal para analisar a individualidade desse cidadão.
Chego a pensar por vezes que o orgulho vem matando muito mais adictos do que a própria substância química. A falta de humildade para os devidos pedidos de ajuda é notória. Um exemplo vivo do que digo são , por exemplo, o que chamamos de Auto-Apadrinhamento nos grupos de mútua-ajuda. Membros antigos, geralmente, são os que mais se auto-apadrinham. Os entregadores de fichas são utilizados apenas para o momento simbólico onde se recebem as fichas comemorativas em aniversários de abstinência.
Entregarem-se realmente à relação de apadrinhamento ou simplesmente aceitar a ajuda oferecida em momentos de aflição, (digo aceitar porque pedir ajuda eles até pedem as vezes) seria admitir a fraqueza e por abaixo toda uma construção de ego, onde o indivíduo se coloca como senhor de verdades absolutas e infaliveis para lidarem com a diversidade de situações que a vida se lhes apresenta constantemente. Os fatos porém , mostram outra realidade. Tais indivíduos são constantemente flagrados por eles mesmos em péssimas condições emocionais e como não o admitem diante daqueles que o ouvem discursar dentro dos grupos, acabam por isolarem-se e adoecerem progressivamente a medida que as situações vão se avolumando e a falta de habilidade para lidarem sozinhos com elas acaba por lhes agravarem mais e mais a situação.
Frutos de velhos paradigmas. Nossa cultura nos impôs a condição de auto-suficientes. Os sexo masculino principalmente foi o mais afetado, pois aos homens foi delegado o sustento, o patriarcado. As mulheres, em nome de sua recente a arduamente conquistada independencia, são vítimas de um novo paradigma, onde não há espaço para mulheres "dependentes". Por fim, o hábito de ser um seguidor social, nos coloca a merce das verdades que pertencem somente a platéia, nunca aos bastidores. Nos avaliamos constantemente baseados no que os outros nos apresentam externamente. Jamais saberemos a verdade que se passa dentro dos atores e atrizes no grande palco da vida , a menos que se humildem e numa relação genuina de mútua-ajuda, mostrem-se realmente como são.
Alberto.
Chego a pensar por vezes que o orgulho vem matando muito mais adictos do que a própria substância química. A falta de humildade para os devidos pedidos de ajuda é notória. Um exemplo vivo do que digo são , por exemplo, o que chamamos de Auto-Apadrinhamento nos grupos de mútua-ajuda. Membros antigos, geralmente, são os que mais se auto-apadrinham. Os entregadores de fichas são utilizados apenas para o momento simbólico onde se recebem as fichas comemorativas em aniversários de abstinência.
Entregarem-se realmente à relação de apadrinhamento ou simplesmente aceitar a ajuda oferecida em momentos de aflição, (digo aceitar porque pedir ajuda eles até pedem as vezes) seria admitir a fraqueza e por abaixo toda uma construção de ego, onde o indivíduo se coloca como senhor de verdades absolutas e infaliveis para lidarem com a diversidade de situações que a vida se lhes apresenta constantemente. Os fatos porém , mostram outra realidade. Tais indivíduos são constantemente flagrados por eles mesmos em péssimas condições emocionais e como não o admitem diante daqueles que o ouvem discursar dentro dos grupos, acabam por isolarem-se e adoecerem progressivamente a medida que as situações vão se avolumando e a falta de habilidade para lidarem sozinhos com elas acaba por lhes agravarem mais e mais a situação.
Frutos de velhos paradigmas. Nossa cultura nos impôs a condição de auto-suficientes. Os sexo masculino principalmente foi o mais afetado, pois aos homens foi delegado o sustento, o patriarcado. As mulheres, em nome de sua recente a arduamente conquistada independencia, são vítimas de um novo paradigma, onde não há espaço para mulheres "dependentes". Por fim, o hábito de ser um seguidor social, nos coloca a merce das verdades que pertencem somente a platéia, nunca aos bastidores. Nos avaliamos constantemente baseados no que os outros nos apresentam externamente. Jamais saberemos a verdade que se passa dentro dos atores e atrizes no grande palco da vida , a menos que se humildem e numa relação genuina de mútua-ajuda, mostrem-se realmente como são.
Alberto.
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